A execução de projetos de pesquisa no âmbito das geociências resultam num grande volume de dados obtidos por meio de trabalhos de levantamento de campo, compilação de base cartográfica de apoio, imageamento via sensores espectrais e produtos derivados de processamento digital de imagens, mapas geológicos e geofÃsicos, modelos digitais de terreno, medidas estruturais, análises geoquÃmicas, petrográficas e geocronológicas, entre outras, resultantes das atividades de pesquisas. Somam-se como fatores de complexidade produtos cartográficos e de imageamento, questões de múltiplas escalas, georreferenciamento, possibilidades de análises espaciais e identificação de elementos cartográficos e geológicos.
Tratando-se de dados de campo, tradicionalmente nos levantamentos geológicos são realizadas descrições de afloramentos em cadernetas convencionais (analógicas), com anotações em papel. Pelo fato da caderneta pertencer ao autor e, devido à dificuldade de compartilhamento desses dados por todos os membros de equipes de trabalho, principalmente quando há mais de uma equipe envolvida, verifica-se grande perda de informações. Mesmo quando armazenadas na forma digital, a falta de critérios comuns de sistematização e formulação de diferentes estruturas de bancos de dados representa uma dificuldade adicional no processo de integração dos dados advindos de diferentes projetos de pesquisa, exigindo investimentos com revisitas, novas coletas e análises. O cenário é ainda mais pessimista em caso de necessidade da retomada de dados históricos.
Frente a estas situações, se fazem necessárias pesquisas de desenvolvimento tecnológico em SIGs que possibilitem a integração sistematizada e uniformizada de dados de diferentes projetos de pesquisa focado nas Ciências da Terra e que ofereçam tecnologias na forma de interfaces de acesso para levantamentos de campo, organização de banco de dados, recuperação e manipulação das informações, saÃda de dados na forma de mapas, relatórios e, finalmente, que contemplem a segurança da informação.